Menopausa: o que está por trás das mudanças na pele da mulher
Foto: Arquivo Pessoal - Biomédica esteta Karen Margonar elenca impactos hormonais da menopausa
Biomédica Karen Margonar explica como o envelhecimento cutâneo atinge a saúde cutânea e orienta cuidados
Por Da Reportagem Local | 11 de junho, 2025

Com a chegada da menopausa, muitas mulheres notam alterações importantes na pele: perda de firmeza, rugas mais acentuadas, ressecamento e até flacidez. Esses sinais fazem parte de um processo natural chamado envelhecimento cutâneo, que pode ser intensificado por diferentes fatores – internos e externos – e está relacionado às mudanças hormonais que ocorrem nesse período da vida. a2e2l

Os fatores intrínsecos são aqueles ligados à genética e ao envelhecimento biológico, o tempo que a pele carrega. “Com o ar dos anos, as células da pele diminuem sua capacidade de renovação, a produção de colágeno e elastina cai, e a vascularização cutânea se torna menos eficiente. Tudo isso faz com que a pele fique mais fina, menos elástica e com menor capacidade de se regenerar”, explica a biomédica esteta e corneoterapeuta Karen Margonar.

Durante a menopausa, a queda dos níveis de estrogênio agrava esse quadro. Esse hormônio feminino tem papel essencial na hidratação, firmeza e na manutenção da barreira cutânea. Sem ele, a pele perde mais água, fica mais sensível e perde sua vitalidade.

Já os fatores extrínsecos são aqueles que vêm de fora, o impacto do ambiente e do estilo de vida, por exemplo, e podem acelerar o envelhecimento da pele.

A biomédica lista quais os principais vilões: “Radiação solar (UV e luz visível), principal causa do envelhecimento precoce, danifica as fibras de colágeno e causa manchas; poluição, pois ela contribui para a inflamação da pele e acelera a oxidação celular; alimentação inadequada, as dietas pobres em nutrientes e ricas em açúcares favorecem a glicação, processo que endurece e danifica o colágeno; estresse crônico e sono ruim, afetam diretamente a regeneração celular e aumentam os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que acelera o envelhecimento e, por fim, tabagismo e álcool, ambos prejudicam a oxigenação e nutrição da pele.”

Há também a questão da gravidade e movimentos da mímica facial. “A ação da gravidade é constante e, com o tempo, ela puxa os tecidos para baixo, contribuindo para a flacidez e a perda do contorno facial, especialmente na região da mandíbula, bochechas e pálpebras.”

Os movimentos da mímica facial também têm sua parcela de responsabilidade. “Ao longo da vida, expressamos emoções diversas – sorrimos, franzimos a testa, apertamos os olhos – e esses movimentos repetitivos marcam sulcos na pele, que com o tempo se transformam em rugas dinâmicas, como os famosos “pés de galinha” ou linhas na testa’’, informa Karen.

A especialista frisa que a menopausa é um marco hormonal que impacta profundamente a pele. “A redução do estrogênio interfere em quase todos os aspectos da saúde cutânea: hidratação, produção de colágeno, vascularização e até a microbiota da pele. Além disso, há mudança na distribuição de gordura corporal e no metabolismo, que pode afetar a harmonia facial e firmeza da pele. Por isso, é comum que mulheres nessa fase relatem sensação de envelhecimento acelerado.”

CUIDADOS

Apesar de ser um processo natural, o envelhecimento cutâneo pode ser amenizado com hábitos saudáveis e tratamentos personalizados. “Uma rotina de cuidados com a pele, focada em limpeza suave, hidratação profunda, fotoproteção diária e ativos regeneradores, é essencial. Além disso, procedimentos como bioestimuladores de colágeno, tratamentos com antioxidantes e estratégias integradas podem oferecer ótimos resultados, especialmente quando conduzidos por profissionais qualificados’’, receita a biomédica.

Autor

Da Reportagem Local
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